O veleiro Camiranga, do Rio Grande do Sul, conquistou o troféu Fita Azul. Com 14 tripulantes, percorrendo as 298 milhas (cerca de 545 quilômetros) do Marco Zero do Recife até a praia do Boldró, em Noronha, em 22h40min43. Na avaliação do navegador da embarcação, Fabrício Stretpel, a mudança do percurso e a navegação contra o vento tornaram a Refeno 2014 ainda mais complicada. “O percurso mudou e dessa vez tinha mais vento contra. Todos esses elementos tornaram a navegação ainda mais difícil”.
O argentino Jamaica III (Argentina) se destacou ao conquistar o Troféu Tartaruga, prêmio destinado ao penúltimo colocado, com tempo real de 56 horas e 6 minutos. O último a chegar ao destino foi o paulista Vento Real, com 56 horas e 32 minutos.
A tripulação do Jamaica III levou o prêmio na esportiva. "Pelo menos vamos sair daqui com um troféu", brincou Pablo Simionato. "Não sei o que vou fazer com isso (troféu). Acho que vou dar para minha mãe", afirmou o comandante argentino Hugo Krumm.
O capitão do Vento Real (Santos, SP), Almerindo Sérgio de Souza, também entrou na brincadeira. "Se a gente fosse campeão, com certeza seria por causa do erro dos outros barcos. Nossa meta nunca foi ser o primeiro, mas também não imaginava ser o último", disse.
Outro representante santista na REFENO, o veleiro Inaê (Jenneau), se classificou na 7ª posição da RGS A.
As exigências de segurança da REFENO deste ano incluiram o uso do colete classe 2 adaptado, balsa salva-vidas, habilitação de capitão amador para o comandante da embarcação e cartas náuticas modificadas. Mesmo assim, o Cabanga Iate Clube de Pernambuco anunciou mudanças para garantir ainda mais segurança para as embarcações e tripulantes que disputarão as próximas edições da Refeno. A principal delas será a antecipação da exigência do uso do Epirb 406Mhz. Até então, essa obrigatoriedade estava prevista apenas para a Refeno de 2016.
